SODF convoca Assembleia para discutir paralisação e greve

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Uma proposta de reestruturação de carreira, reajuste salarial e novas nomeações foi entregue ao governo há dois meses, sem resposta até o momento

 

O Sindicato dos Odontologistas do Distrito Federal (SODF) convocou todos os cirurgiões-dentistas da Secretaria de Saúde e da Secretaria de Educação do DF para uma Assembleia Extraordinária na próxima terça-feira, dia 17 de setembro. O objetivo é discutir o indicativo de paralisação e greve da categoria diante da falta de resposta do governo às demandas apresentadas.

Em julho, o presidente do SODF, Wendel Teixeira, reuniu-se pessoalmente com as secretárias de Educação e Saúde para tratar da reestruturação da carreira, do reajuste salarial e das novas nomeações de cirurgiões-dentistas. Na ocasião, a secretária de Saúde, Lucilene Queiroz, garantiu que levaria o assunto ao governador e agendaria uma reunião com outras pastas envolvidas. No entanto, passados dois meses, não houve qualquer movimentação por parte do governo.

“O SODF está buscando corrigir uma injustiça que perdura há 22 anos com a carreira dos cirurgiões-dentistas. Vamos lutar pela reestruturação da nossa carreira e pela valorização do cirurgião-dentista! Nosso trabalho é essencial para a saúde pública”, afirmou Wendel Teixeira, presidente do SODF.

Após a assembleia da próxima terça-feira, a categoria decidirá sobre a possibilidade de paralisação ou greve. O sindicato tem buscado incansavelmente o diálogo com o governo para avançar em propostas que melhorem a saúde bucal no Distrito Federal e valorizem os cirurgiões-dentistas. Contudo, todas as tentativas de negociação têm sido repetidamente ignoradas.

“Solicitamos também a nomeação dos dentistas que já estão previstos na Lei Orçamentária Anual de 2024, mas só recebemos respostas vagas. Estamos tentando negociar de todas as formas, porém tem sido impossível”, complementa o presidente.

O Governo do Distrito Federal tem se mostrado resistente a dialogar com os servidores da área da saúde. Essa falta de respeito também afeta diretamente os usuários do sistema de saúde, que muitas vezes não encontram o atendimento necessário devido à sobrecarga dos profissionais e ao sucateamento das unidades de saúde e hospitais.