Médicos do Hospital de Ceilândia denunciam estado crítico da unidade

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Segundo carta escrita pelos profissionais de saúde, pacientes correm risco devido à falta de insumos básicos e à escassez de mão de obra.

Médicos do Hospital Regional de Ceilândia escreveram uma carta à diretoria da unidade de saúde, para expor a insatisfação com as condições de trabalho e atendimento. Segundo os profissionais do hospital localizado na maior cidade do DF, “medidas consideradas fundamentais para prestar bom atendimento” não estão sendo cumpridas. Diante dos relatos que incluem a falta de equipamentos básicos (como luvas, máscaras e capotes), o excesso de trabalho, a escassez de mão de obra, e a superlotação do HRC, os profissionais alertam que a vida dos pacientes está em risco.

“Considerando o cenário atual, entendemos que a situação é crítica, estamos expostos a erros devido à sobrecarga de trabalho, pacientes podem ter assistência prejudicada e entendemos que não podemos ficar sem cobrar uma contrapartida da gestão”, ressaltaram os médicos que assinam o documento.

Eles alegam que, segundo o Código de Ética Médica, o profissional precisa ter boas condições de trabalho para atender aos doentes.

Pedidos

Após expor uma série de problemas, os médicos pedem para aumentar o número de plantonistas: “Sugerimos a contratação imediata de novos médicos. Devido à alta demanda, pacientes internados, inclusive em ventilação mecânica, têm ficado mais de 48h sem nova evolução e prescrição”, ressaltam, no documento.

Adicionalmente, pedem o fornecimento de material básico e de insumos para procedimentos invasivos, como intubação, e solicitam que sejam criadas instalações adequadas para pacientes que precisam de oxigênio.

Leia o documento na íntegra: 

Médicos denunciam situação … by Metropoles

Outro lado

Em coletiva de imprensa realizada na tarde desta quinta-feira (15/4), o secretário de Saúde do DF, Osnei Okumoto, afirmou que a pasta está tomando providências para mudar a situação relatada pelos médicos. O titular da pasta distrital disse que serão contratados servidores aposentados e que há R$ 30 milhões disponíveis para a contratação temporária de profissionais da saúde.