Mulheres da Ciência: pesquisadoras se destacam no combate à pandemia

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No decorrer da história, o papel da mulher na ciência foi expressivo e pesquisadoras reconhecidas por gerações tiveram contribuições científicas importantes em diversas áreas do conhecimento.
Temos nomes que são praticamente lendas, como o da polonesa Marie Sklodowska Curie, pioneira nos estudos sobre a teoria da radioatividade, ou Françoise Barré-Sinoussi, que recebeu o Nobel de Medicina de 2008 pela descoberta do vírus da imunodeficiência humana, o HIV.
Apesar da discriminação de gênero, mulheres pesquisadoras continuam se destacando e provando que têm muito a contribuir para o desenvolvimento da sociedade. E hoje, após séculos de exclusão, elas já são maioria em muitos desses espaços.
Em meio à pandemia, muitas delas tiveram um papel essencial. Logo no início da crise sanitária no Brasil, os nomes de Natalia Pasternak Taschner , fundadora e primeira presidente do Instituto Questão de Ciência e a primeira brasileira a integrar o Comitê para a Investigação Cética , A infectologista Luana Araújo, que tornou-se celebridade depois do depoimento contundente dado à CPI da COVID-19 em Brasília. Com os holofotes voltados para ela, tratou de maneira firme o assunto que mais arregimenta paixões no Brasil: o uso de medicamentos ineficazes para o tratamento da COVID-19, a doutora em sociologia e servidora da Fiocruz desde 1987, a pesquisadora, professora e gestora Nísia Trindade Lima, A médica Ludhmila Hajjar, 44 anos, a mesma que recusou a cadeira de ministra da Saúde em março, na saída de Eduardo Pazuello. a médica dedicou a maior parte da vida profissional à área acadêmica (é professora de cardiologia na USP e vice-coordenadora da pós-graduação na especialidade) e ao atendimento pelo SUS, que ainda ocupa suas manhãs, e a pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) Margareth Dalcolmo,única brasileira a fazer parte do Comitê de Especialistas, Dalcolmo integra uma lista de 18 peritos, de diversos países do mundo, que fornecem recomendações à OMS para a aprovação de fármacos na Lista de Medicamentos Essenciais.
Para a presidente do Sindicato dos Odontologistas do DF Jeovãnia Rodrigues, é muito importante o destaque da mulher na ciência , “”O protagonismo das mulheres na ciência brasileira é inspiração e orgulho para muitas de nós. Na pandemia vimos os noticiários passando a contar com regularidade com a presença de nomes brilhantes como Natália Pasternak, Luana Araújo, Ludhmila Hajjar e Margareth Dalcolmo que foi novamente indicada à lista de peritos da OMS, há menos de um mês. Então, nesse cenário onde as mulheres tem se destacado em relação à escolaridade, eu desejo que também torne-se cada vez mais comum que as mulheres ocupem mais postos de liderança.” Reitera Jeovânia.