De acordo com a pasta, o empresário que arrecadou equipamentos de intubação informou conta pessoal para receber recursos doados
De acordo com a pasta, o empresário Ítalo Miranda, 40 anos, é ex-servidor comissionado da Administração do Gama. “Ele foi exonerado por conta de um suposto golpe que ele estava aplicando usando o nome da secretaria”, diz a nota da pasta.
Isso ocorreu após campanha iniciada por ele na internet: “O empresário estava pedindo doações e informando o número da sua conta pessoal para receber dinheiro de pessoas que acreditavam estar doando para compra de equipamentos que seriam destinados aos hospitais da rede. Quando essa prática foi identificada, ele foi exonerado e afastado de suas atribuições no GDF”, completou a Secretaria de Saúde, em resposta ao Metrópoles.
À reportagem, Ítalo Miranda disse que sofre perseguição: “É mentira essa informação de golpe. Quem doou são meus amigos pessoais. Tenho nome e telefone de quem doou. Fui exonerado porque o governo achou uma afronta um funcionário fazer uma campanha para ajudar o governo”, justificou.
Doações bem-vindas
Apesar do episódio, a Secretaria de Saúde ressaltou haver uma circular específica para tratar de doações recebidas, e que, “se estiverem de acordo com as normativas, são sempre bem-vindas”, disse.
A Administração Regional do Gama também emitiu nota: “As campanhas realizadas pelo sr. Ítalo Miranda nunca tiveram qualquer vínculo com essa Administração Regional. Atualmente, o servidor não faz mais parte do quadro de servidores”, disse.
Em 24 de março, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), responsável pelo Hospital de Santa Maria, emitiu um comunicado esclarecendo não ter promovido nem autorizado nenhuma campanha de arrecadação de recursos para compra de equipamentos de proteção individual (EPIs) para os hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), ao contrário do que estava sendo veiculado em grupos de WhatsApp.
De acordo com o instituto, a falsa campanha divulgada em grupos de mensagens solicita repasse em dinheiro, por meio de PIX e outras transferência bancárias, para suposta aquisição de insumos destinados ao Hospital Regional de Santa Maria.